- A volta -

Então, depois de ir pra longe e voltar - e ir pra longe de novo -, eu estou de volta for good. Desbravei mais um mar, mais coisas novas e vi mais um monstro: a saudade. É difícil de acreditar no quanto influencia em nossas vidas, e em como nos cercam e sufocam e nos afastam da luz.

Depois de alfajor, latinos sujos amigos e frio, voltei pro calor e pra feiúra exacerbada, prestes a ir embora de novo. Da outra vez, contei com outros 10 marinheiros, de origens diversas e que não precisam de astrolábios ou qualquer outro tipo de auxílio: eles têm a mente nas nuvens.

Monstros nos atacam o tempo todo, mas só um verdadeiro marujo sabe como matá-los, permanecendo intactos e preparados para mais uma luta. Sabe, cabeça erguida e - acima de tudo - razão? Então, nem todos da vida do mar têm essas grandezas... nem têm tal luxo.


- A conclusão -


Sabe, capitã, eu já vi de tudo. E senti, também. Eu vi o bom, o mau e o indiferente; o bonito, o feio e o ordinário; o escuro, o claro e o neutro; o forte, o fraco e o inerte; o bem, o mal e o equilíbrio. De tudo isso, de todas as análises que eu pude fazer, de todas as observações que puderam ser feitas, de todas as ponderações a se levar em consideração, de todos os "ps"s que eu pude usar e de todas as aspas que a relatividade e a falta da palavra exata pode dar, eu extraio uma única conclusão, verdadeira e absoluta.

Essa conclusão é igual à teoria de justiça de Rawls, a qual pode ser aplicada em qualquer momento da história e em qualquer lugar do espaço, sem deixar lacunas ou espaços de respiração, sujeitos às interpretações audaciosas dos incautos que não a entendem. Ela não distingue cor, sexo ou classe social, nem cultura, inteligência (apesar desse fator influenciar em grande escala os mentalmente mais fracos) ou beleza (mesmo que, sendo unida ao quesito anterior, forneça uma enorme quantidade de suposições apreciáveis por sua apelativa lógica).

Então, capitã, você sabe mais do que eu sobre o que estou falando. Minha conclusão é tão antiga quanto à vontade de matar, tão lógica, clara e óbvia quanto o navio em que nossos primeiros "tataras" navegaram. Ela é universal, absoluta e linda, característica que não pode faltar em nenhuma conclusão feita por mim - mesmo que outras bestas pessoas não compartilhem do mesmo pensamento. Pois bem, capitã, concluo que as pessoas são más. Um "Rousseau-má", mas sem nunca ter sido, antes, boa.



- A força -


Dear Great Captain, às vezes, eu acho que Deus existe. Ou alguma força onipresente, potente e ciente. Não importando o que essa enorme massa amorfa e sem comprovação científica é, eu penso que ela é genial e certa. Justa, também. Sabe, peixe, se a Força Maior tivesse me dado músculos como os do Renny, o mundo estaria salvo perdido. Honestamente, se eu pudesse bater nas pessoas gratuitamente, assim como eu distribuo meu ódio, teríamos uma baixa de 5% da população. Por semana.

Não ache, no entanto, que eu sou maluca. Não tenho os músculos de Hulk - digo, do Renny -, o que impossibilita a minha ação de limpeza mundial. Mas tá na vibe. Em breve, quando eu dominar o mundo e for responsável pelos atos legais mais arbitrários da história, eu providencio uma forma de acabar com meus desafetos. Eu e o Glorioso. Prevejo um futuro próspero.



Bezi no heart, capitã. Ah, e desculpa a ausência.

These icons link to social bookmarking sites where readers can share and discover new web pages.
  • Digg
  • Sphinn
  • del.icio.us
  • Facebook
  • Mixx
  • Google
  • Furl
  • Reddit
  • Spurl
  • StumbleUpon
  • Technorati